Desenvolver a inteligência emocional só traz vantagens e aqui você entende como pode melhorar nesse ponto!
Entra ano, sai ano, e diferentes estudos mostram quais são as tendências de mercado e habilidades que os profissionais precisam ter para se destacar no ambiente de trabalho. Uma que nunca sai do ranking é a inteligência emocional.
Aliás, essa é uma das principais características do empreendedor, sendo uma das grandes responsáveis por fazer empresas decolarem, ainda mais quando elas oferecem serviços aos seus clientes.
Mas é preciso entender que inteligência emocional é algo amplo, que exige um compilado de ações no dia a dia. Pensando nisso, fizemos um artigo completo com a ajuda de Paulo Costa, multifranqueado da Odontoclinic, formado em comunicação e especialista em gestão de pessoas e, como não poderia deixar de ser, em inteligência emocional.
Vamos explicar o que significa ser emocionalmente inteligente, quais as vantagens de tudo isso, o que a inteligência emocional representa para quem empreende e muito mais. Confira!
O que é inteligência emocional?
Para a psicologia, a inteligência emocional é a capacidade humana de identificação e administração de emoções próprias, o que permite compreender as de outras pessoas ao redor. Esse tipo de inteligência também busca entender o que o outro diz e como as suas emoções o afetam, construindo assim relações saudáveis e trabalhando rumo a escolhas mais conscientes.
A partir do momento em que a pessoa desenvolve a sua inteligência emocional, ela apura os seus sentidos para com o próximo. Ou seja, ela entende como o outro se sente e consegue lidar de maneira mais eficaz com as pessoas. O autoconhecimento é essencial para gerir as suas emoções, mas ele deve vir junto de outras habilidades.
O conceito surgiu pela primeira vez por meio de Charles Darwin, que notou a importância das emoções para a sobrevivência e adaptação das espécies. Diversos estudiosos o sucederam, sendo que, em 1990, Peter Salovey e John D. Mayer fizeram a publicação de um artigo que impactou mundialmente as discussões a respeito do assunto.
Mais recentemente, Daniel Goleman escreveu artigos e livros sobre a inteligência emocional, também levando em consideração a sua aplicação no mundo corporativo, dada a importância do tema nessa área.
Quais são os pilares da inteligência emocional?
Para dominar a inteligência emocional, é preciso pensar nos pilares que a sustentam. Por isso, separamos quais são eles para explicar como é formada essa característica!
Conhecer as emoções
Muitas vezes, as emoções são desencadeadas de maneira tão rápida que nem mesmo o nosso cérebro entende o que acontece e por qual motivo temos uma determinada reação, já percebeu isso? Porém, quando desenvolvemos a nossa inteligência emocional, conseguimos reconhecer e ter controle sobre as nossas emoções, ajustando o nosso comportamento diante das situações que de alguma forma nos afetam.
Por isso, a dica aqui é conhecer bem como reagimos a diferentes situações do nosso cotidiano, sem pressa ou desespero. Uma boa atitude é colocar os sentimentos e ações em um papel e depois refletir de maneira profunda sobre cada um deles.
Raiva, tristeza, euforia, alegria, calma: o ser humano tem cerca de 27 tipos de emoções, segundo a ciência. A inteligência emocional traz justamente um guia sobre o que há de certo ou errado na sua vida, o que permitirá a mudança de hábitos ou a sua manutenção.
Controlar as emoções
A partir do conhecimento sobre as suas emoções, você passa a ter uma capacidade maior de controlar seus instintos e reações. Esse controle só é possível quando a pessoa tem inteligência emocional, o que a impede, mesmo em situações conflituosas, de agir de maneira impulsiva.
Para isso, é importante adotar algumas práticas. Para o jornalista e escritor Daniel Goleman, a raiz do autocontrole está na capacidade de resistir aos impulsos. É importante ter em mente que todos nós temos momentos estressantes nas nossas vidas, assim como algum grau de ansiedade. Aprender a gerir tudo isso fará com que você aja na direção certa, fazendo uma grande diferença no seu equilíbrio de vida.
Além de resistir ao impulso, você deve ter a capacidade de nomear as suas emoções e saber acolher aquelas que são negativas. É normal do ser humano ter sentimentos conflitantes, e você não deve sentir culpa por isso. Renegar uma emoção negativa, na realidade, faz com que ela persista.
Empatia
A empatia é a capacidade de o ser humano se colocar no lugar do outro. Ela é um dos pilares da inteligência emocional; aliás, elas são interdependentes. Afinal, é a partir da inteligência emocional que é possível compreender o momento certo de interagir, como ter uma conversa mais séria no trabalho. Há sinais a partir das ações do outro — o tom de voz e até as manifestações de interesses, que devem ser levados em conta.
Ou seja, a empatia precisa da inteligência emocional para existir. Vale lembrar que, a partir do momento que inteligência emocional e empatia caminham juntas, há uma facilidade maior na hora de se comunicar e resolver problemas, especialmente naqueles momentos de estresse. Além disso, há uma melhora no processo de tomada de decisão, tanto no âmbito pessoal quanto profissional.
Esse tipo de emoção tem duas vias: a sua e a do outro. Então, é preciso estar com as emoções equilibradas, mas também sentir o ambiente. Por isso, você precisa olhar ao redor e entender as pessoas à sua volta. A empatia não é ficar triste junto da pessoa, mas sim se ver no lugar dela e poder ajudá-la de alguma forma.
Por exemplo, ao segurar um pouco um feedback negativo vendo que o colaborador está estressado ou entendendo que o rendimento está aquém por problemas pessoais.
Automotivação
Outro pilar da inteligência emocional é a chamada automotivação. Pensar e analisar a situação antes de tomar qualquer decisão traz uma série de vantagens, além de evitar conflitos e até o arrependimento.
Saber usar bem as suas emoções permitirá que você chegue aos seus objetivos e, por isso, é muito importante se automotivar nesses momentos, a fim de responder aos estímulos externos e internos. Tudo isso impactará o seu modo de agir e pensar.
Relacionamento interpessoal
Os relacionamentos interpessoais também são fundamentais para a formação da sua inteligência emocional. Saber lidar com as pessoas ao seu redor, tratá-las com respeito, sempre considerando que elas também têm suas próprias emoções, são práticas que vão sendo adquiridas no dia a dia.
Para Paulo Costa, no relacionamento interpessoal você volta à essência e história da pessoa. Por exemplo, se você trabalha com alguém que tem um comportamento similar ao do seu pai, austero, dá bronca, não passa feedback positivo. Isso faz com que a relação fique ruim, mesmo que não exista nenhum problema com o funcionário.
“É preciso entender os sentimentos e analisar os relacionamentos sob essa ótica, para não repetir padrões. É assim que muita gente fala que ‘uma pessoa não me desce’, ‘não gosto dele’. Cabe a nós não deixarmos que essas travas de família atrapalhem a convivência, assim, você ressignifica sua história e constrói ótimos relacionamentos”, completa o gestor.
Como desenvolver a inteligência emocional?
A inteligência emocional não é algo inato do ser humano; portanto, ela pode ser desenvolvida, pois parte do princípio do autoconhecimento. Logo, se você se autoconhecer, saberá quais emoções afligem e desconectam você, conseguindo trabalhar em cima delas.
Como destaca Paulo Costa, você só consegue mudar aquilo que você vê. O que você não vê, você não pode mudar. Então, são 4 emoções que, de uma forma mais simplista, devem ser analisadas:
- medo;
- raiva;
- tristeza;
- amor e alegria (ambas se juntam).
“A pessoa sabe da emoção, mas precisa pensar por que ela tem essas emoções. Isso tem muito a ver com nossa infância, até os 7 anos ou 10 anos de idade. Nesse momento, você forma sua noção de mundo, e o inconsciente é forte. Tem muita coisa que acontece com a gente lá na infância que nos faz sermos do jeito que somos, relaciona-se ao subconsciente”, conta Costa.
Diante desse pensamento inicial, podemos desenrolar um processo de desenvolvimento da inteligência emocional aplicada a empreendedores em alguns passos. Entenda mais sobre eles a seguir!
Preste atenção ao seu comportamento
Uma dica bem prática é prestar atenção ao seu comportamento diário. Observe-se naqueles momentos de tensão, em que as suas emoções aparecem. Por exemplo, quando algo do seu planejamento de negócios não dá certo ou precisa tomar decisões sobre como investir na crise, que tipo de sentimento isso evoca? Como você lida com a situação?
Lembre-se também das reações que o seu corpo tem, como calafrios, batimentos acelerados, dores de cabeça. É muito importante anotar todas as suas reações para completar seu exercício de autoconhecimento.
Aprender a controlar seus impulsos evitará, por exemplo, que você tome decisões precipitadas quando algo não dá certo. Nesses casos, é sempre bom respirar fundo, pensar friamente sobre a situação e esperar ao menos um pouco para definir qual caminho seguir, independentemente de qual seja.
Você deve saber o que deixa sua pessoa mais frágil. O comunicólogo e especialista em gestão de pessoas destaca inclusive que é possível identificar algumas situações específicas em que isso acontece.
“Por exemplo, se no meu subconsciente eu tenho uma presença muito forte da minha mãe — inteligência emocional fala muito sobre pai e mãe — minha mãe é a minha heroína. Então, se alguém vier e disser que a minha mãe é algo ruim, eu terei uma reação contra essa pessoa. Depois, outra pessoa diz algo da minha mãe, mais uma vez eu terei uma reação forte”, pontua Costa.
Assim, cabe refletir bem as emoções antes de qualquer atitude, porque também existem os casos nos quais outras pessoas têm razão e não adianta tanto discutir.
Aprenda com as emoções negativas
A gente sabe muito bem que empreender não é uma tarefa fácil. Se você está nessa caminhada, precisa saber que obstáculos surgirão pelo caminho, mas a partir do momento que você tem inteligência emocional, a sua capacidade de lidar com tudo isso será muito melhor.
Aprender com emoções negativas é algo que deve ser praticado. Isso consiste em enxergar as situações de outro ângulo, deixando de lado a conclusão negativa imediata. Toda situação tem várias opções de saída; é preciso procurá-las. Ao fazer isso, você adquire uma característica muito importante para pessoas que estão investindo no negócio próprio: a resiliência, que nada mais é que a capacidade de lidar com situações adversas e superá-las.
O mais importante é o equilíbrio, como bem disse Paulo Costa “as emoções têm muito a ver com uma repetição de padrão de comportamento. Quando você entende o que te deixa com raiva, você vai repetir o mesmo padrão. Então, você começa a ver os momentos que tem essa explosão ou retração. Ser equilibrado não é não ter emoções ruins, mas ter uma média de todas as emoções”.
Controle a ansiedade
No mundo dos negócios, nós costumamos ver mudanças rápidas, o que pode gerar certa ansiedade, independentemente da sua área profissional. Muitas vezes isso é fruto de prazos limitados, busca por resultados rápidos, assim como a pressão. No entanto, se você quer passar por tudo isso, é preciso saber controlar a sua ansiedade.
Pessoas ansiosas costumam ficar com aquela sensação de que não conseguirão terminar tudo a tempo ou mesmo que não darão conta de todas as tarefas. Para minimizar esses efeitos, é mais interessante definir cada tarefa, como ela vai funcionar e o tempo para realizá-la; tudo isso permitirá que você estipule as suas prioridades, olhando o todo e refletindo sobre como tornar o seu trabalho mais eficiente.
Tome responsabilidade sobre as suas atitudes
Um ponto muito importante quando se trata de inteligência emocional é a responsabilidade sobre as suas atitudes. Não coloque a culpa das suas ações nos outros. Isto é, as pessoas inteligentes em relação às emoções sabem das consequências das suas ações.
Veja esse exemplo. Se um cliente gritar e você devolver na mesma moeda, isso pode gerar mais atrito. Por mais que aquilo irrite, é importante agir de forma racional, sem expressar uma emoção instantânea, pois ela costuma vir de forma inconsciente, gerando uma resposta muitas vezes negativa.
“Respirar e refletir ajudam demais a gente a ir construindo e desenvolvendo a inteligência emocional. Assim, a gente não reage no calor do momento. Aqui na franqueadora, eu falo muito em buscar o autoconhecimento antes do autodesenvolvimento. Por que você é desse jeito? Por que você tem esses padrões e travas emocionais? Esses medos e angústias? Isso está muito ligado às nossas heranças — pessoas reprimidas pelos pais são um exemplo. A outra metade, você forma conscientemente”, conta Costa.
Busque escutar o outro
Investir em um negócio exige diferentes tipos de conhecimentos, e está tudo bem não ter todos eles. Quando passa a escutar mais o que o outro diz, você entende melhor como lidar com as situações de maneira que elas não afetem negativamente nenhum dos lados, melhorando inclusive a sua gestão de talentos.
Cabe aqui lembrar também que o profissional emocionalmente inteligente sabe da importância de ter essa competência, pois é só por meio da escuta que entendemos melhor como o outro se sente, inclusive o cliente. Isso vale, por exemplo, na hora de atender a uma reclamação, fazendo assim com que o cliente se sinta acolhido.
Quais são as vantagens da inteligência emocional para empresários?
Se você gosta de livros sobre empreendedorismo, já deve ter lido o quão importante é a inteligência emocional para os empresários. De fato, essa habilidade acrescenta — e muito! — no dia a dia de quem empreende, além de trazer uma série de vantagens para quem a adquire! Acompanhe.
Maior automotivação
Como já explicamos, a automotivação é uma característica muito importante desenvolvida pela inteligência emocional. Vale destacar que, quanto mais a pessoa trabalha essa capacidade, mais ela consegue despertar seu interesse por algo.
No campo do empreendedorismo, isso é ótimo. Motivar-se de maneira constante ajudará você a manter viva aquela disponibilidade para alcançar o sucesso nos seus objetivos. E as pessoas que estão começando o negócio sabem que a ousadia e a coragem são essenciais, e elas vêm com a automotivação. Enfim, você acaba tendo mais empenho nas suas tarefas do dia a dia, o que contribui para o seu sucesso no empreendimento.
Engajamento dos colaboradores
Outro ponto importante quando se trata de pessoas emocionalmente inteligentes é que elas acabam refletindo essa característica no seu dia a dia. Se analisarmos a inteligência emocional no contexto do empreendedorismo, conseguimos perceber que lideranças com essas características estão mais propensas a escutar seus colaboradores.
Ao ouvir mais os profissionais e entender como eles se sentem, os líderes são mais empáticos com as situações que eles vivem. Outro ponto importante, inclusive defendido por estudos, é que a inteligência emocional ajuda no cultivo de emoções mais positivas, promovendo uma predisposição a uma mentalidade de maior tolerância e criatividade.
Longevidade do negócio
Profissionais motivados e engajados levam a negócios mais saudáveis. A inteligência emocional também tem grande impacto sobre a longevidade do empreendimento. Afinal, quando os setores da empresa têm um bom relacionamento entre si, uma interação dinâmica e um ambiente positivo, é claro que haverá terreno para o crescimento da empresa.
Aliás, a inteligência emocional entre os profissionais da sua empresa ajuda também a aumentar a produtividade. Vale lembrar que manter o foco nas atividades é fundamental para que a empresa cresça, aumentando assim seus anos de presença no mercado.
Como a Odontoclinic ajuda seus franqueados na questão da inteligência emocional?
Um dos principais diferenciais de franquias como a Odontoclinic é justamente o suporte oferecido ao franqueado. Você aprende muito mais do que gestão de pessoas, finanças e marketing: os franqueados desenvolvem características de empreendedor. Entre elas, temos as habilidades interpessoais e as boas práticas de comunicação, que são essenciais para a inteligência emocional.
Segundo Paulo Costa, a Odontoclinic tem uma forma diferenciada de trabalhar. São feitos testes de inteligência emocional com os franqueados, conversas sobre as suas características com base em dados que vêm dos testes. Esse processo de avaliação vai ajudar o franqueado a entender questões da sua personalidade enquanto gestor — sendo que essa reunião é realizada no primeiro mês, logo que se fecha o contrato.
“Nós entendemos as emoções que podem potencializar ou prejudicar o trabalho na operação da clínica odontológica. Nós ajudamos no autoconhecimento — entender o passado, a infância — e fazemos esse autorretrato. Já o autodesenvolvimento vai ser com o franqueado. Depois que ele ver, não tem como voltar e não perceber. Eu faço a análise do franqueado, passo para o RH da franqueadora e eles, junto do teste, entendem as competências complementares que esse franqueado vai precisar no seu dia a dia”, explica Costa.
Inclusive, ele destaca que as diferenças são celebradas na Odontoclinic. “Uma pessoa que sabe mais de gente precisa de alguém metódico e analítico, que vai ser um administrador de processos. Mas a gente oferece serviços, certo? E aí precisa gostar de gente. Chega um paciente bravo, por exemplo. Precisamos de um recepcionista que vai compreendê-lo, um dentista que atenda bem, tudo isso. De qualquer forma, o administrador de processos não deixa de ter seu papel relevante”, complementa o multifranqueado.
Quando se tem o autoconhecimento, a pessoa sabe que não precisa ter todas as competências ou ser boa em tudo. É para isso que são contratados profissionais que vão suprir as necessidades, o que será fundamental para o time. Ou seja, a inteligência emocional reforça muito aquela questão da empatia, entender o outro e se colocar no lugar dele, pois mesmo com características distintas ele pode ser um excelente aliado do seu negócio.
Seja na vida pessoal ou profissional, quando se tem inteligência emocional, muitas portas se abrem. Como visto, no mundo do empreendedorismo, essa característica é capaz de ajudar a engajar a sua equipe, manter a sua motivação em alta e ainda promover um maior desenvolvimento da sua empresa.
A Odontoclinic vem justamente trabalhando em prol do desenvolvimento dessas habilidades junto de seus franqueados. Sabemos o quanto o mercado atual é competitivo, exigindo um trabalho constante por parte dos empreendedores. Muitas vezes, o diferencial está nas competências dos profissionais que ali atuam, independentemente da área.
Inclusive, para ajudar você nessa jornada de desenvolvimento da sua inteligência emocional, separamos um “Guia do empreendedor: saiba o que considerar antes de começar um negócio de franquia“. Nele, você vai encontrar informações valiosas que ajudarão a impulsionar o seu negócio!